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Psicopedagogia de Grupos 


Competências a atingir (estabelecidas no PUC): 

·Ser capaz de dinamizar em contexto grupal diferentes métodos de aprendizagem cooperativa, seleccionados em função das características do grupo em análise.
·Ser capaz de seleccionar e implementar estratégias de dinâmica de grupo adequadas ao contexto específico.
·Ser capaz de realizar e dinamizar a realização de trabalhos de projecto adequados às características dos participantes.
·Reconhecer as diferentes teorias do conflito e a sua aplicação ao contexto educativo.
·Ser capaz de implementar estratégias de mediação entre pares para a resolução de conflitos na escola.
·Compreender a importância das várias estratégias de trabalho cooperativo no seio do MEM.
 - O valor do Grupo enquanto instrumento de desenvolvimento pessoal e social; 
- Técnicas de trabalho e de intervenção psicopedagógica em grupos: tipologia; natureza da intervenção;
- Problemáticas da formação e organização dos grupos: gestão; dinamização pedagógica;
- Resolução de conflitos: estratégias; técnicas; instrumentos.
            Nota pessoal:  recomenda-se a realização desta UC em exame final

Tema 1: A Diversidade no Grupo

A evolução de estratégias de diferenciação pedagógica
Algumas diferenças individuais dos alunos
Conceito de diferenciação pedagógica numa perspectiva inclusiva


a ler:
Bessa, N. & Fontaine, A. (2002). A Aprendizagem Cooperativa. in Cooperar para Aprender. Edições ASA. Pags. 41- 78.
Carmo, H. (2000). Dinâmica de Grupo e Intervenção Social com Grupos in Intervenção Social com Grupos, Universidade Aberta. - Pags.125-156.
Grave-Resendes, L. & Soares, J. (2002). Diferenciação Pedagógica. Lisboa: Universidade Aberta. - Pags.11-29.

veja-se ainda:
Carmo, H. (2002). Intervenção Social com Grupos [Relatório para obtenção grau de Agregado - Uab]. Disponível no Repositório Aberto.

Coelho, A. (2010). Diferenciação Pedagógica na Escola Actual: Da Teoria à Prática - Adequação das práticas lectivas aos diferentes perfis de aprendizagem [Dissertação realizado no âmbito do Mestrado em Supervisão e Coordenação da Educação / Univ. Portucalense]. Acedido no repositório da UPT.
Neste artigo, dá-se conta de procedimentos de diferenciação pedagógica na disciplina de Matemática, através de relatos de situações concretas."
Santos, L. Diferenciação Pedagógica: Um desafio a enfrentar. Reflexão & Acção, n.º 79.

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Nem todos aprendem da mesma maneira.
Que diferenças? O que ter em conta?

Em contexto de ensino, o ensinante deverá ter em conta a diversidade – nas suas vertentes cognitiva, linguística e sociocultural.
Ter uma língua-mãe diferente da que é veículo de comunicação na escola dificulta, necessariamente, o percurso do aluno, se não forem tomadas medidas de diferenciação pedagógica que ajudem a superar a situação. Embora seja sabido que as crianças e jovens adquirem rapidamente capacidade de comunicar coloquialmente, o mesmo já não sucede a nível da competência para manuseamento dos conteúdos académicos.
A nível social e cultural, nem todos têm, ao chegar à escola, os comportamentos e aquisições prévias valorizados no sistema de ensino. As expetativas dos professores refletem-se no sucesso dos alunos pelo que, se não esperam que os oriundos de meios com maior desvio da média e dos padrões considerados atinjam o sucesso, irá ter lugar a profecia autorrealizável.
As diferenças cognitivas têm, igualmente, de ser tidas em conta – quer os tipos de inteligência mais marcantes no aluno, quer o seu estilo próprio de aprendizagem.
As oito inteligências de Gardner[1] (estudioso de Harvard que teorizou diferentes modos de conhecer o mundo, que se interligam e estão em percentagens diferentes em cada um de nós – contestando a avaliação com base, apenas, nas capacidades linguísticas e logico-matemáticas) terão de ser tidas em conta – orientando métodos e estratégias de ensino.
O modo como cada um processa a informação é também relevante – sendo importante que o professor não espelhe no processo o seu estilo de aprendizagem, mas que reconheça o dos seus alunos. Os teóricos estabelecem quatro estilos: ativo, reflexivo, teórico e pragmático, devendo o ensino ter a diferenciação que permita o apreender das matérias por todos (diferentes abordagens de cada tema).


[1]  Verbal/linguística, Logico/matemática, Visual/espacial, Corporal/cinésica, Musico/rítmica, Interpessoal, Intrapessoal, Naturalista
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O grupo como parte de uma abordagem de cooperação
Dinâmica de grupo e intervenção social com grupos

Moreno e Moreno: biografias - www.morenoinstituteeast.org.bios
Psicoterapia de Grupo - Método de Psicoterapia em que um grupo reúne, ouvem os depoimentos uns dos outros, falam dos seus problemas.

“De todos os fatores terapêuticos existentes salienta-se aqui o fator da universalidade (os doentes integrados num grupo deixam de se sentir sozinhos e em isolamento, passando a experimentar alívio ao perceberem que não estão isolados com os seus problemas); o fator da coesão de grupo (nestas psicoterapias os membros de um grupo tornam-se muito unidos, oferecem apoio uns aos outros e criam relacionamentos muito significativos e válidos para a terapia funcionar); e o fator de desenvolvimento das técnicas de socialização (os doentes integrados nos grupos aprendem a distinguir e a deixar de apresentar comportamentos inadequados através da simples observação uns dos outros” 
 http://www.infopedia.pt/$psicoterapia-de-grupo 
Psicodrama 

O Psicodrama (psyche = mente; drama = ação) foi criado no início do século XX em Viena (Áustria) por Jacob Levy Moreno. A inspiração foi o chamado 'teatro de espontaneidade' em que atores representavam em palco eventos do quotidiano ou notícias da imprensa sem um texto prévio. Moreno descobriu que a representação de uma personagem tem reflexos na própria experiência do indivíduo(…).

Através do método psicodramático podem tratar-se situações clínicas individuais (psicoterapia de grupo) ou conflitos de grupo (sociodrama). As sessões seguem o procedimento em três etapas: aquecimento, dramatização e comentários. Os seus instrumentos são: o palco, o protagonista, o director, os egos auxiliares e o auditório.

Sociometria - método de investigação das ligações dentro de um grupo


O que são as técnicas Freinet?                                          Podes procurar:

                                                                                       
       - Aula-passeio
       - Texto livre
       - Imprensa escolar
       - Correção
       - Livro da vida
       - Fichário de consulta
       - Plano de Trabalho
       - Correspondência interescolar
       - Autoavaliação

 Freinet, C. (1996). As Técnicas Freinet da Escola Moderna. Editorial Estampa


Veja mais sobre Freinet e as técnicas aqui:

  
O Modelo Pedagógico do Movimento da Escola Moderna 

 


 
 (vídeos disponíveis na moodle do MEM)



Tema 2: O trabalho de projecto

a ler:
Grave-Resendes, L. & Soares, J. (2002). Diferenciação Pedagógica. Lisboa: Universidade Aberta [pp. 41-96]
Niza, S. (1998). A Organização Social do Trabalho de Aprendizagem no 1ºC.E.B. INOVAÇÃO [revista], n.º 11, pp. 77-98.
Peças, A. (1999) Uma Cultura para o Trabalho de Projecto. Escola Moderna [revista], nº 6, 5ª Série.

O Conselho de Cooperação no Grupo

Estruturas e os instrumentos de organização, gestão e avaliação cooperadas do trabalho de projecto

noesis n.º 76












 Tema 3: Estratégias de Resolução de Conflitos
Teorias do conflito
A Intervenção para a Resolução de Conflitos

a ler:
Costa, M. (2003). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Universidade Aberta [pp. 195-290]
Grave-Resendes, L. (2004). Mediação entre Pares, in Educação e Direitos Humanos , Conselho Nacional de Educação.
Ler tbém: 
Pacheco, F. (2006). A gestão de conflitos na escola - a mediação como alternativa [Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Administração e Gestão Educacional-Uab]. Disponível no Repositório Aberto.
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Conflitos na escola
Organização e estrutura:
Os elementos
Os estádios
Tópico
Emergência
Início
Intensidade
Processo
Resolução
Consequências
Resultado

Tipos de conflitos:
controle de recursos
diferenças nas preferências
diferenças nos valores/crenças
diferenças nos objetivos face a uma relação
- dependem do estágio de desenvolvimento
- das aquisições /competências já desenvolvidas

Padrão atribucional dos conflitos:
díades de amigos 9-12 anos - os conflitos advêm de  causas não permanentes, de influências externas e não de caraterísticas pessoais;
adolescentes – de desconfiança, desrespeito, reclamar de atenção – o foco é na partilha e atenção; as culpas do conflito são, geralmente, atribuídas ao outro.

Processo:
comportamentos produzidos em resposta ao conflito;
ou comportamentos que se destinam à resolução do conflito.
Duração:
nos rapazes mais curtos;
nas raparigas mais longos.
Tragetória:
violência física ou verbal (embora pouco frequente)
resposta emocional (sentimentos negativos de indiferença – que os rapazes resolvem mais depressa)
estratégias de resolução, em que os alunos:
pedem a intervenção do professor
tentam que a outra parte desista
abandonam a situação

6 dimensões de caraterização das respostas:
evitamento x envolvimento excessivo
negociação difícil x negociação fácil
orientação por regras x orientação por preferências
resposta racional x resposta emocional
escalada de conflitos x redução dos conflitos
revelação compulsiva de informação x ocultação compulsiva de informação

Resultado do conflito:
as consequências finais podem ser
- rutura
- tentativa de restabelecimento da relação

Dinâmica do conflito – conjunto de ações desencadeadas pelos indivíduos, ao longo do processo do conflito;
Contexto relacional – caraterísticas particulares da relação interpessoal em que surge o conflito.

Não pode ser considerada apenas uma forma de resolução de conflitos, pois a relação dos intervenientes em si e o processo é que conduzirão ao método.
O grau de poder (ex: relações fechadas em que um tem mais poder),
o grau de estabilidade,
e o grau de proximidade da relação
influenciam na escolha da estratégia.
É importante entender que o conflito é um padrão de interação social, e que é através destas situações de conflito que se desenvolvem determinadas competências sociais.











+ imagens acedidas em:
http://www.psicologia10.com.br/psicoterapia-de-grupo/
http://www.casasdodireito.cv/index.php?paginas=16&id_cod=1
http://riaice-cristina.blogspot.pt

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